A rainha era completamente apaixonada
por Moda, mais do que amor, ouso dizer que era um vício. Ela nunca repetia os
vestidos, chegava a comprar 300 vestidos por ano, por isso os gastos eram
imensos chegando a um orçamento anual equivalente a 3,6 milhões de
dólares em moeda atual, apenas para compra de roupas.
400000
livres =* 16milhoes a 26milhoes de reais- preço estimado do enxoval de Maria
Antonieta
2000 a 5000 livres -80mil a 325mil preço médio do
guarda-roupa de um casal de nobres
13 livres – 520 a 845 roupas de um plebeu
Era tanto vestido que o guarda-roupa chegava a ocupar
três quartos do palácio de Versalhes. Sem falar no volume exagerado dos
vestidos. Em média era gasto 15 metros de tecidos para a confecção de um único
vestido! Por isso, que muitos diziam que
a Rainha comprometia os cofres da realeza. Sem falar que ela foi a primeira a
usar renda em suas produções e por ser um ícone da moda, isso gerou uma procura
tão grande que a importação foi proibida para não comprometer a economia
francesa.
Ainda sobre moda, sabiam que a rainha foi
pioneira no uso de trajes de montaria. Ela adorava cavalgar pelos campos (o que
chocou todo mundo tanto a corte quanto os plebeus) e para facilitar o esporte
ela começou a usar calças, já que os vestidos eram bastante inadequados para os
passeios.
Ah mas não foi só em relação a vestimentas que Maria
Antonieta lançou moda. Léonard Autie seu coiffeur pessoal vivia inventando
penteados espalhafatosos a mando dela, criando os Poufs
(penteados-esculturas) que funcionavam da seguinte forma: o cabeleireiro montava
uma estrutura de arame recoberta de lá, tecido ou outro material, prendendo na
cabeça e disfarçando com cabelo emprestado da madame, firmando tudo isso com
muita pomada e talco. Por cima vinha o tema, por exemplo, o Belle Poule . Claro
que penteados tão altos assim, incomodavam as pessoas que andavam atrás da
Rainha. No dia da coroação de Luis XVI, coitado de quem se sentou atrás dela,
porque o penteado era tão alto que impedia qualquer possibilidade de visão.
Rainha dos palcos
A rainha adorava os
palcos. Desde pequena sentia encanto pela arte de atuar, por isso em 1780, o
rei Luis XVI construiu para ela um palco particular no Palácio do Petit Trianon, no qual
ela podia atuar como atriz ao lado de seus parentes formando a trupe dos
nobres. Essa inovação caiu no gosto da nobreza, mas as apresentações não eram
exatamente abertas ao público, a rainha distribuía alguns convites para pessoas
de quem gostava, quebrando com os padrões da boa etiqueta.
Todavia, não era só nos
palcos que ela gostava de fazer cena. Sempre envolvida em polêmicas, certa vez,
conseguiu liberar a peça As Bodas
de Fígaro, do seu dramaturgo favorito Pierre de Beaumarchais. O problema é
porque a peça faz severas críticas a nobreza francesa, e por causa disso o
dramaturgo foi preso por cinco dias. Mas não pense que ela se deu por vencida,
ela ainda atuou outra peça dele O Barbeiro de Sevilha e o convidou para
assistir sua apresentação no palácio.
A Rainha e seus Romances
A rainha teve alguns romances que deram o que falar na França, como por
exemplo, seu envolvimento com uma duquesa e seu noivado com Mozart. Aos 14 anos
se casou com Luis XVI de Bourbon, e levaram sete anos para “consumar” o
casamento. Não demorou muito para espalhar o boato de que a rainha era estéril. Além de um suposto caso extraconjugal com o sueco Conde Fersen.
Entre o Amor e o Ódio
A linha que separa o amor do ódio pela rainha é muito tênue. No início ela era muito adorada e admirada, sempre chamou a atenção e sua personalidade sempre lhe conferiu uma autenticidade pouco comum entre as mulheres da época. Contudo seus gastos exacerbados e escândalos sobre sua esterilidade contribuíram para que o amor se transformasse em ódio, chegando até ser considerada como uma traidora e morta na guilhotina, em 1793.
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