terça-feira, 2 de agosto de 2016

A Rainha e o Ícone de Moda

De acordo com a pesquisadora americana Caroline Weber, autora de A Rainha da Moda: como Maria Antonieta se vestiu para a Revolução, Antonieta "utilizava a moda como um instrumento político, como forma de aumentar ou sustentar sua autoridade em momentos em que ela aparecia estar sob riscos."
Foto retirada do site Pinterest
Era através da aparência, portanto, que Antonieta se mostrava soberana: acima de qualquer outra mulher na França. (...) Nunca antes uma rainha havia se mostrado glamourosa. Costumavam ser discretas. Antonieta ousou se impor na corte através do visual (com seus vestidos de festa, com amarrações nos quadris que mediam quase quatro metros de uma extremidade à outra, revestidos com
pedras preciosas e adornados com apliques, laços, rendas e peles.), e durante um bom tempo foi bastante admirada e imitada, como uma celebridade atual ou como Lady Diana no Reino Unido. Tornou-se a referência máxima em moda: era ela quem ditava as tendências em vestidos, penteados e maquiagem. E, era copiada pelas nobres de Versalhes de Paris e também pelas burguesas endinheiradas da época. 
(...)
Pouco tempo depois que a guilhotina cortou a versão sangrenta de um colar em seu pescoço, as mulheres bem nascidas em Paris passaram a atar fitas vermelhas em torno do pescoço como lembretes do que logo poderiam sofrer. Ou seja, até na morte a rainha afirmou um vínculo poderoso entre moda, morte e política.
Centenas de anos mais tarde, a rainha ainda influencia a moda, gerando incontáveis lucros. Seja por servir de inspiração para vitrines em grandes lojas (...) ou pela alusão direta `personagem histórica. 
Essa influência será trabalhada no próximo post.


Referência:
P Sant'Anna, LH Expressão. Maria Antonieta: conexões entre moda, cinema e negócios. Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da Graduação. 2011

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