Se antes eu já gostava da Cris
Guerra, agora realmente ela ganhou minha admiração.
O não manual de estilo,
como ela mesma define o livro, é sem dúvidas um dos melhores livros que já li.
A linguagem é divertida, fácil, leve. É quase um bate-papo com uma amiga.
Logo no início me deparei com uma
frase da Clarice Lispector, me fazendo abrir um sorriso e pensar: “Esse livro
já começou bem”, já que Clarice é minha autora preferida. Poucas páginas
depois, Cris Guerra diz:
“Provavelmente você também
aprendeu a ver moda como futilidade. Por toda parte, o assunto é relegado ao
plano da superficialidade. E os discursos são rasos a tal ponto que nos
esquecemos de que a nossa forma de vestir é algo que afeta todos os outros
setores da nossa vida.”
fazendo com que eu me
identificasse ainda mais, afinal, infelizmente, isso é verdade e é algo que
sempre me incomodou. Se você assume que ama moda, com certeza vai ouvir um
burburinho negativo a esse respeito. Principalmente se ousar a falar que encara
moda como algo realmente sério.
No livro, também, aborda sobre o
quanto estamos habituados a ler o que é certo ou errado em diversas revistas de
moda, ler sobre o que está em alta e o que já não se usa, e você se vê
“obrigado” a ter que se desfazer daquela calça que você adora ou daquele sapato
maravilhoso, porque as passarelas mostraram que a modelagem agora é outra e o
sapato tem um jeito totalmente diferente dos que você possui no closet. Ela propõe exatamente o inverso.
Cris Guerra incentiva você a
descobrir seu estilo sem se tornar uma marionete da moda. Você não precisa
jogar seu guarda-roupa fora só porque a estação mudou. De forma divertida,
mostra que se deve aprender a extrair sua essência e deixá-la transparecer nas
cores e combinações que você faz diariamente, afinal Você é o seu próprio estilista.
É o seu toque pessoal, que deixa a produção com um “quê” a mais. E é exatamente
esse “quê”, o tal do estilo que a gente tanto busca.
Espero que tenham gostado da dica
do livro.
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